Au cours de l’assemblée, nous avons célébré le 10e anniversaire du réseau Talitha Kum, évalué l’ensemble des travaux accomplis au cours du triennat 2016-2019 et défini des priorités pour la lutte contre la traite des personnes pour la période 2020-2025.
Le 26, nous avons eu une audience avec le pape François dans la salle du Consistoire au Vatican. Le Saint-Père a salué le travail accompli dans un contexte aussi complexe et dramatique. En dix ans seulement, 52 réseaux religieux présents dans plus de 90 pays sur tous les continents ont été coordonnés. Les chiffres de ces services sont clairs : 2 000 agents, plus de 15 000 victimes de la traite assistée et plus de 200 000 personnes touchées par des activités de prévention et de sensibilisation.
« Vous avez choisi d’être en première ligne. Pour cette raison, les nombreuses congrégations qui ont travaillé et continuent de fonctionner comme des » avant-gardes » de l’action missionnaire de l’Église contre le fléau de la traite des personnes méritent d’être reconnues. Travailler ensemble c’est un exemple. C’est un exemple pour toute l’Église, ainsi que pour nous : hommes, prêtres et évêques. C’est un exemple ! » Il a ajouté qu’il appréciait le travail du réseau dans la planification pastorale pour une assistance plus qualifiée et fructueuse aux églises locales. Il a rappelé la Section des migrants et des réfugiés du Département du service du développement humain intégral et la récente publication des « Lignes directrices pastorales sur la traite des personnes », « un document qui décrit la complexité des défis actuels et offre des indications claires à tous les travailleurs pastoraux. qui veulent s’engager dans ce domaine. »
Je remercie toute la Congrégation en la personne de Sr. Leila et de son Conseil, ainsi que Sr. Vera Lúcia, responsable du secteur brésilien, de m’avoir laissée représenter le réseau comme un cri de vie à la Conférence des Religieuses du Brésil. Nous, religieuses de la Sainte Famille, nous engageons à défendre la vie et la dignité de la personne humaine. Au Brésil, pratiquement toutes les Sœurs sont impliquées dans le travail de prévention contre la traite des êtres humains. Le pape a déclaré que nos problèmes internes ont été résolus lorsque nous avons décidé de « sortir », car alors l’air frais entre. Nous sommes en communion avec l’Église et nous nous efforçons de faire ce que le Saint-Père nous demande de faire.
Sr Maria Luiza da Silva
Religieuse de la Sainte-Famille
De 21 a 27 de setembro de 2019 participei em Roma na sede da UISG (União Internacional dos Superiores Gerais) da Assembléia Internacional Talitha Kum. Éramos 86 delegadas de 48 países, representantes de 52 redes comprometidas no trabalho contra o tráfico de pessoas. Durante a assembléia celebramos os 10 anos da rede Talitha Kum, avaliamos todo trabalho realizado no triênio 2016-2019 e definimos as prioridades no combate ao tráfico de pessoas para o período 2020- 2025.
No dia 26 tivemos na Sala do Consitório, no Vaticano, uma audiência com Papa Francisco. O Santo padre congratulou-se pelo trabalho realizado no âmbito tão complexo e dramático.
Depois de Agradecer a Irmã Grabriella, coordenadora internacional da rede Talitha Kum e a presidente da UISG Ir. Jolanda Kafka, o Papa Francisco disse:
Em apenas dez anos, chegaram a coordenar 52 redes de religiosas presentes em mais de 90 países em todos os continentes. Os números de seu serviço falam claro: dois mil agentes, mais de quinze mil vítimas do tráfico ajudadas e mais de duzentas mil pessoas alcançadas com atividades de prevenção e conscientização.
“ Vocês escolheram estar na linha de frente. Por isso, as numerosas congregações que trabalharam e continuam trabalhando como “vanguardas” da ação missionária da Igreja contra a chaga do tráfico de pessoas, merecem reconhecimento. Trabalhar juntas. É um exemplo. É um exemplo para toda a Igreja, também para nós: homens, sacerdotes e bispos. É um exemplo! ” continuou dizendo que apreciava o trabalho da rede no planejamento pastoral em vista de uma assistência mais qualificada e profícua às igrejas locais.
Recordou a Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e a publicação recente das “Orientações Pastorais sobre o Tráfico de Pessoas”, “um documento que explícita a complexidade dos desafios de hoje e oferece indicações claras para todos os agentes pastorais que desejam engajar-se nesse âmbito”.
Sinergia das realidades eclesiais
O Papa incentivou todos os institutos femininos de vida consagrada que apoiarem o compromisso de suas religiosas na luta contra o tráfico e na assistência às vítimas. Encorajou os institutos femininos a prosseguirem nesse compromisso e fez um apelo também a outras congregações religiosas femininas e masculinas, “para que se unam a essa obra missionária, disponibilizando pessoas e recursos a fim de alcançar todos os lugares”.
“Espero que se multipliquem as fundações e os benfeitores que garantem o seu apoio generoso e desinteressado às suas atividades. Nesse convite a outras congregações religiosas, também penso nos problemas que muitas congregações religiosas têm, e talvez algumas possam dizer, tanto femininas quanto masculinas: “Temos tantos problemas para resolver dentro, não podemos …”. Diga-lhes que o Papa disse que os problemas “internos” são resolvidos saindo para a rua. Que entre ar fresco”, sublinhou.
“ Considerando a extensão dos desafios colocados pelo tráfico de pessoas, é necessário promover um compromisso sinérgico por parte das diferentes realidades eclesiais. ”
“Se por um lado a responsabilidade pastoral é confiada essencialmente às Igrejas locais e aos Ordinários, por outro, deseja-se que eles saibam envolver no planejamento e na ação pastoral as congregações religiosas femininas e masculinas, e as organizações católicas presentes em seus territórios, a fim de tornar mais rápida e eficaz a obra da Igreja.”
Segundo o Papa, “na luta contra o tráfico de pessoas, as congregações religiosas estão realizando de modo exemplar a sua tarefa de animação carismática das Igrejas locais. Suas intuições e iniciativas pastorais traçaram o caminho de uma resposta eclesial urgente e eficaz. É o caminho que o Espírito Santo fez: Ele é o autor da desordem na Igreja com muitos carismas e, ao mesmo tempo, é o autor da harmonia na Igreja. Este é um caminho de riqueza. Isso é estar na Igreja, com os dons do Espírito Santo: é a liberdade do Espírito”.
“Nunca terminem o dia sem pensar no olhar de uma das vítimas que vocês conheceram. Esta será uma oração bonita”, concluiu.
Agradeço a toda Congregação na pessoa da Ir. Leyla e seu Conselho, também a responsável do setor Brasil, Ir. Vera Lúcia, pela possibilidade de estar representando a rede um grito pela vida na Conferência dos Religiosos do Brasil. Nós religiosas da Sagrada Família estamos comprometidas na defesa da vida e da dignidade da pessoa humana. No Brasil praticamente todas as irmãs estão envolvidas no trabalho de prevenção contra o tráfico de pessoas. O papa afirmou que nossos problemas internos se resolvem quando resolvemos “sair”, dessa forma entra ar fresco. Estamos em comunhão com a igreja e nos esforçando para realizar o que nos pede o Santo Padre.
Ir. Maria Luiza da Silva – rsf